Por: Janinne Vivian
Uma nova pesquisa, publicada na revista científica The Astronomical Journal, levanta a possibilidade de um nono planeta em nosso Sistema Solar. O estudo, liderado pelo cientista brasileiro Patryk Sofia Lykawka da Universidade Kindai (Japão) e Takashi Ito do Observatório Astronômico Nacional do Japão, aponta para a existência de um corpo celeste até três vezes mais massivo que a Terra em uma região distante conhecida como Cinturão de Kuiper.
Possíveis órbitas e implicações
No estudo, Patryk analisou as órbitas de grupos de objetos transnetunianos (TNOs) no Cinturão de Kuiper, após Netuno. Ele descobriu que algumas órbitas não eram influenciadas apenas pela gravidade do planeta, enquanto outras apresentavam inclinação orbital de 45º, e um grupo tinha órbitas incomuns.
Em simulações do Sistema Solar, incluindo um possível planeta semelhante à Terra, Patryk concluiu que o Sistema externo não explicava as características dos objetos do Cinturão de Kuiper distante.
O pesquisador aponta três possíveis órbitas para o planeta hipotético, variando entre 200 e 800 unidades astronômicas. Se confirmada, a descoberta poderia ampliar o número de planetas em nosso sistema, levantando a necessidade de redefinir a categoria de 'planeta', à semelhança da reclassificação de Plutão em 2006.
Próximos passos
Patryk, em entrevista à agência de notícias da Unisinos, destaca a importância de aprimorar os resultados com novas simulações nos próximos passos da pesquisa. A comunidade científica está atenta a este estudo inovador que pode reescrever a história do Sistema Solar.
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