A Câmara Municipal de Valparaíso de Goiás foi palco de um mega evento de posse da Executiva promovido pelo Partido Liberal (PL) na noite de 08 de novembro. O encontro reuniu prefeitos de cidades vizinhas, vereadores, deputados estaduais, pré-candidatos, pastores e os grandes anfitriões da festa, a deputada Lêda Borges (PSDB) e o senador por Goiás, Wilder Morais (PL), que também é presidente do partido no Estado. As autoridades e seus respectivos assessores presentes lotaram a Câmara, vindo de municípios como Novo Gama, Cidade Ocidental, Luziânia, Alexânia, Abadiânia, Planaltina, Cristalina, Aparecida de Goiânia. O cerimonialista convocou-os para local de destaque, mas eram tantos que não coube todo mundo e muitos ficaram de pé. Política se faz assim, de inimigos para amigos, de antigos para atuais aliados. É feio, chato, imoral, mas é comum no Brasil. O ano de 2022 ainda está recente na mente dos eleitores e dos políticos, mas 2024 já está batendo às portas. A deputada federal e ex-prefeita de Valparaíso, Lêda Borges citou que nem todos os presentes são bolsonaristas (e com razão), rebatido em seguida pelo senador Wilder Morais, que todos são bem-vindos. Mas o próprio PSDB de Lêda apoiou Lula no 2º turno das eleições presidenciais em 2022.
Representantes de Valparaíso também estiveram no encontro a convite de Lêda, como os vereadores Plácido Cunha (Avante), Zequinha (PL), e os secretários do Governo da cidade, como Antônio Reis (Desenvolvimento Econômico e Trabalho) e Zé Antônio (Assistência Social). Esses mostraram que podem sair da base de Pábio Mossoró nas eleições de 2024. Zé Antônio, por exemplo, discursou por alguns minutos e afirmou “tenho que ser Republicano e Democrático. Saí e entrei em todos grupos políticos da cidade e deixei as portas abertas”. Já Antonio Reis é presidente do PSB em Valparaíso, partido da esquerda e que apoiou veementemente Lula em 2022. Ele já se lançou como pré-candidato a prefeito em Valparaíso. Vale ressaltar que o atual gestor, Pábio Mossoró sequer foi citado pelos parlamentares locais.
O discurso de Wilder Morais foi de união entre os parlamentares, citou o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), muito aplaudido pelos presentes, falou dos atuais e ex-prefeitos eleitos pelo partido em Goiás e que irá fazer de tudo para o PL ser uma das maiores lideranças no estado. Wilder prometeu trazer Bolsonaro a Valparaíso e levá-lo na feira para comer pastel e caldo de cana (seria a Feira do Céu Azul - recém reformada por Pábio Mossoró?). Os correligionários prometeram percorrer os centros comerciais de Valparaíso para tentar o maior número de filiações. No entanto, o PL de Valparaíso não terá vida fácil. Para tentar conquistar o povo, o partido irá usar a estratégia da presença de Bolsonaro, que arrasta multidão por onde passa, mesmo após a sua derrota nas eleições de 2022. Ele foi muito bem votado em Valparaíso e por todo Goiás. Iremos acompanhar os próximos capítulos.
Foi bem
Demorou um pouco, mas o presidente Lula (PT) tem mostrado seu lado não político e mais humano, ao aparecer numa esteira, rolando uma bola na fisioterapia, se encontrando com o pequeno Guilherme, colhendo jaca no jardim do Alvorada. É uma estratégia de tentar capitalizar a popularidade que Bolsonaro fez nos últimos 4 anos.
Foi mal
Corre nos bastidores a informação de que há um pré-candidato em Valparaíso que tem ido com frequência ao presídio local pregar a palavra de Deus e liberar a soltura dos presos de volta às ruas, fazendo vídeos para redes sociais abraçando seus familiares. A estratégia pode até dar certo politicamente, mas quem corre risco futuramente são seus próprios eleitores. Será que irão se comportar e sair de vez da criminalidade ou serão aquelas tristes estatísticas noticiadas pela imprensa como “fulano tem 15 passagens pela polícia”? A polícia faz seu trabalho de prender e o judiciário e o político soltam?
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